As aventuras de B & A
domingo, 8 de novembro de 2015
Partidas à mamã
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Mas vocês páram de crescer, por favor!!!
Está a ser demasiado rápido!!! Eu não quero!!!
Em Setembro começaram a creche e com um mês já de aulas o saldo tem sido positivo, mesmo com a virose que não nos larga já há três semanas.
Apesar de terem estado em casa até aos (quase) 17 meses, a Tica e o Teco estavam, modéstia à parte, bastante desenvolvidos.
É certo que ainda não falam, o Tó P fala uma língua só dele e não quer saber se o percebem ou não e a Bea aponta e grita até que lhe dêem o que quer, nem adianta dizer que não a percebemos, porque só leva a que aumente o tom do grito... bem, há coisas que os percebo, o "ai, ai, ai" dito como se fosse um miado quando vêem a nossa gata, a Ziva, e o "ma" ou "mama" para pedirem a chucha - "papá" e "mamã" nada!
Estão a começar a comer sozinhos, o que, em casa, leva a chafurdice e algumas birras, mas na creche portam-se maravilhosamente.
Na reunião de pais fiquei toda orgulhosa quando ouvi a Coordenadora das Educadoras dizer que ficou admirada com os manos, que são muito autónomos.
Portam-se muito bem na escola, o Tó P não aceita bem ser chamado à atenção, mas depois de choramingar, lá faz o que tem que fazer sem quaisquer birras... em casa parece que estamos a lutar com um polvo enraivecido...
A Bea que tanto gosta de trepar móveis em casa e não se concentra com quase nada, na creche não trepa a nada e é capaz de ficar concentrada a brincar com um brinquedo. O que se mantém igual é a fixação da miúda por sapatos! Assim que acorda da sesta vai buscar os sapatos dela, do irmão e dos amiguinhos dela e não falha um único par, conhece os sapatos de todos. (pausa para limpar a baba).
Mas não está a ser fácil, estiveram sempre comigo e agora vejo-os de manhã e ao final do dia, e todos os dias vejo uma coisa nova, algo que provavelmente aprenderam na creche com as educadoras ou com os coleguinhas e fica sempre a sensação de que não fui eu quem ensinou, nem fui eu quem os viu fazer aquela gracinha pela primeira vez.
sexta-feira, 12 de junho de 2015
O primeiro corte de cabelo
Hoje, pela primeira vez, a Bea e o Tó P foram cortar o cabelo.
Foi um momento agridoce, estava orgulhosa dos meus bebés, já tão grandes (fizeram no passado dia 08, 14 meses) no cabeleireiro para cortarem o cabelo.
É certo que, estivemos um bom bocado à espera e que eles ao final de um tempo estavam um pouco chateados, mas valeu a pena a espera e por várias razões, em primeiro lugar porque a cabeleireira é uma prima de quem gostamos muito e a espera significa clientes o que, a mim, só me enche de orgulho e alegria.
Em segundo lugar porque os meus filhos portaram-se muito bem... quer dizer a Bea portou-se muito bem, o Tó P mais ou menos. Mas ambos adoraram estar sentados naquela cadeira especial em forma de carrinho. É claro que o Tó P estava mais interessado em brincar na cadeira/carrinho e não gostou muito do facto de o estarem a incomodar só para cortar o cabelo, mas não fez quaisquer birras, só não parava quieto com a cabeça.
Contudo, e apesar de neste momento não escolher mais ninguém para este momento tão especial dos meus bebés, não consegui evitar uma lágrima quando vi os primeiros caracóis da Bea a serem cortados, porque sempre dei por garantido que, se algum dia fosse mãe, o primeiro corte de cabelo do(s) meu(s) filho(s) seria feito pelo avô, o meu pai e, infelizmente tal não foi possível.
Mas, com excepção claro do meu pai, não quereria mais ninguém a cortar o cabelo dos meus bebés do que esta minha prima, tanto pelo amor e carinho que tem por eles, como pelo facto de ser uma excelente profissional.
Foi mais um episódio da história dos meus pequenotes, que estão a crescer muito depressa.
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Primeira viagem de autocarro com a Tica e o Teco...
Estou na paragem com a minha mãe, chega o autocarro e decido deixar entrar todos os outros passageiros e ficar para o fim. Quando estou na fila reparo no aviso junto à porta do autocarro proibindo a entrada com o carrinho aberto e indicando que os bebés tinham que entrar ao colo e o carrinho fechado...
Lindo serviço, pensei! Quer dizer as palavras não foram exactamente estas, mas enfim...
É mais ou menos possível quando é só um bebé, mas como é que eu ia conseguir entrar no autocarro com 2 bebés ao colo, o saco deles, a minha mala, o saco da minha mãe e o carrinho deles?!?!
A minha sorte é que à espera para entrar estava um outro motorista daquela empresa e que nos disse que eu podia entrar com o carrinho aberto e pela porta de trás - ele até foi pedir ao colega que abrisse a porta de trás.
Entro no autocarro, coloco o carrinho no sítio destinado para as cadeiras de roda, travei-o e preparo-me para me sentar no banco que estava atrás... desisti.
Tive que fazer a viagem em pé, dobrada sobre o carrinho, a segurar a mão da Bea, porque estava só queria carregar na campainha que estava mesmo ao nível da mão dela.
Mas o pior não foi isto... a minha mãe sentou-se noutro lugar (onde havia vaga) e pergunta-me "então não te sentas?", eu respondo "não posso, a Bea está a querer tocar na campainha", como o autocarro estava cheio, toda a gente ouviu e dou comigo a ouvir pessoas a rirem-se. :D
quarta-feira, 25 de março de 2015
H1N1
Pelos vistos não fui a única... foi a primeira vez que vi a urgência de obstetrícia tão cheia... pensei, "oh diabo, isto vai demorar".
E demorou... a urgência estava cheia e o bloco de partos também, ao ponto de terem que efectuar uma pequena cirurgia na urgência... conclusão, não havia nenhum médico disponível.
Faço a triagem e a enfermeira informou-me que me iria fazer o CTG e, por indicação do médico que estava de serviço à urgência, o famigerado "toque" e que, depois, teria que aguardar um bocado pois as coisas estavam atrasadas, uma vez que os médicos estavam todos ou no bloco de partos ou numa operação.
"Eu sabia que devia ter ficado em casa", pensei.
Já perto das 16h, e esfomeada, pedi ao meu sogro se me ia buscar uma sandes.
- Ah... foi? Eu fui à urgência a mando da minha obstetra, fiz a zaragatoa, fui para casa e comecei a tomar o tamiflu e no dia seguinte quando sairam os resultados efectivamente não me disseram que não era gripe A, disseram-me que tinha gripe e para continuar a tomar o tamiflu. Como não me disseram que tinha que ser internada assumi que era gripe da normal - respondi calmamente.
E eu ali fiquei...
Bem, a história com a arrastadeira... a primeira vez que a tive que usar, não conseguia alcançá-la pelo que carreguei na campainha para chamar uma auxiliar. Veio a auxiliar que me respondeu prontamente, quando expliquei o que queria, que estavam ali mais senhoras em trabalho de parto e as auxiliares não podiam estar a fazer aquele serviço de dar / colocar as arrastadeiras. Respondi, um pouco a medo, que compreendia, mas que tinham colocado a arrastadeira e o papel num sítio inacessível para mim. Pareceu compreender e lá me ajudou. É claro que fiz logo uma nota mental: "isto da arrastadeira é complicado, não vais poder ir à casa de banho por isso, cruza as pernas e aguenta".
A noite passou-se relativamente bem, se não contarmos com as dores constantes e o facto de estar toda enrolada em fios. Por esta altura (na realidade já antes das 20 semanas que era assim) eu só conseguia dormir de lado, o lado correcto é o esquerdo, mas o peso da barriga sobre a anca já era tanto que não conseguia dormir a noite toda sobre o lado esquerdo, então passava a noite toda a virar-me ora para a direita, ora para a esquerda. É claro que, quando estamos ligadas a uma série de fios e um cateter torna-se muito mais difícil virar para um lado e para o outro. A meio da noite veio a médica anestesista ter comigo para perguntar se me estava a sentir bem, respondi que tinha algumas dores nas costas por causa do peso da barriga, ao que ela me diz "não, você está com contracções, quer que lhe dê algo para as dores?", "não, eu sou masoquista e gosto de sofrer" pensei, "sim, se fosse possível", respondi. As dores não passaram completamente, mas aliviaram o suficiente para me permitir dormir um pouco melhor.
segunda-feira, 9 de março de 2015
Primeira doença da Bea e a mãe só tem um colo
Costuma-se dizer que ser mãe de gémeos é especial - ok, as mães de gémeos é que o costumam dizer.
Eu acho que ser-se mãe, seja de um, dois ou mais é especial ponto final. Não quero com isto dizer que uma mulher não é especial se não for mãe, acho que todos teremos algo que nos torna únicos, especiais e, apesar de ser muito rígida em muita coisa, não acredito que uma mulher tenha que ser obrigatoriamente mãe, é uma escolha de vida e isso não a diminui em nada.
Mas voltando ao assunto de hoje.
Descobri que ser mãe é muito especial, tem magia.
Contudo ser mãe de mais do que um filho tem as suas desvantagens - é que eu só tenho um colo!
A Bea tem andado adoentada, diarreia, alguns vómitos e falta de apetite (quem a conhece bem, estranha) e depois de um sábado complicado com 4/5 mudas de roupa e uma muda de roupa de cama às 2 da manhã e o mano com febre (poderá dar origem a uma história engraçada, mas não hoje), o domingo foi calmo o que indiciava melhoras, mas isso não aconteceu.
Voltou o mal estar da Bea e acabei por ter que a levar às urgências.
Custa ver a minha "pulguinha eléctrica", muito quieta, só aconchegada ao colo, chorosa e a recusar a comida.
Mas o que custa mais é ter o mano a querer também colo e não saber como fazer. A mana está adoentada é certo, mas não é fácil ver o mano cair e magoar-se quando brincava e chorar sentido porque não é a mãe que o está a confortar.
Acabei sentada no sofá com os dois em cima de mim agarrados ao mesmo pescoço.
E depois vêm as dúvidas: ao contrário do que pretendia, estou a criar duas crianças demasiado dependentes dos pais? E quando dou colo a um e digo ao outro que agora não pode ser, estarei a criar e alimentar ciúmes e atritos entre irmãos?
Não sei como será no futuro, mas para já não me, ou antes não nos importamos que estejam mais dependentes de nós; é muito cansativo física e emocionalmente, mas quando se enroscam em nós para adormecerem tudo fica melhor.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Primeiras palavras
Também diz babá (papá) e mamã, mas estas duas palavras ainda não consegui perceber se as diz com intenção ou não.
Babá começou a dizer primeiro que mamã, e percebi que seria o pai porque quando o pai a tinha ao colo e a passava para o colo de outra pessoa ela começava a chorar, a dizer babá e a esticar os braços para o pai.
Já o mamã, também só diz quando está chorosa e quer o meu colo.
Já o Tó... criou a sua própria linguagem e fala, fala, fala... tem um falar muito meiguinho, mas volta e meia lá se lembra e solta uns quantos gritos só para se ouvir.
Conversa imenso com os brinquedos e a mana e connosco, mas no seu palrar.
Adoro vê-lo com o Wally, o seu ó-ó preferido, mordeu-o, agarra-o e conversa imenso com ele, faz-me lembrar as personagens do cartoon Calvin & Hobbes.